02 fevereiro 2010

Mais uma do Jabor

Antigamente o corrupto se esgueirava pelos cantos, com vergonha da própria sombra. Só havia corrupção ativa e passiva.

Mas agora inventaram um novo tipo: a corrupção festiva. Hoje eles cantam, se abraçam, se elegem, reelegem e comemoram.

O que está acontecendo diante de nossos olhos é um fato novo: o desrespeito não é nem com a verdade, mas com a mentira. Estamos assistindo à desmoralização do escândalo.

O discurso do Arruda é um momento importante na história do país.

Ele diz: “Toda crise passa, o que diferencia é como cada pessoa escolhe para atravessá-la”.

Ele escolheu o cinismo absoluto. E esta dando certo: elegeu presidente um deputado amigo, autor de um famoso projeto criando banheiros para homossexuais nos shoppings de Brasília.

Arruda também é um importante jurista. Está reformando o código penal. Ele decretou: “as provas não provam mais nada”.

Qualquer desculpa serve: “eu pus a grana nas meias porque tenho frieira e dizem que dinheiro cura tudo”.

Arruda fez cara séria e citou São Paulo: “Combati o bom combate. Terminei meus dias e não perdi a fé”.

E, como ele citou São Paulo, podemos citar Jesus Cristo quando expulsou os vendilhões do templo: “A minha casa é uma casa de oração, mas vós a convertestes em um covil de ladrões”. Foi Cristo que disse.

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